Ano decisivo para o SNS.
Se a teoria não chega, vamos aos números: nos últimos três anos, o Serviço Nacional de Saúde consumiu dois orçamentos rectificativos, cada um deles com o valor de 1,8 mil milhões de euros, e o Orçamento do Estado para 2006 incorporou, à partida, mais 1,8 mil milhões, para chegar ao impressionante montante de 8,7 mil milhões de euros.
É muito? É pouco?
Depende, mas uma coisa é certa: no actual estado em que estão as finanças públicas, e olhando para o crescimento da economia previsto para os próximos anos, é, pura e simplesmente, incomportável.
O ministro da Saúde é o primeiro a sabê-lo.Estudioso do sector há várias décadas, Correia de Campos reconhece que o destino fez descer sobre ele uma hipótese num milhão: estar à frente do Ministério da Saúde num momento de viragem para o SNS; estar solidamente suportado por uma confortável maioria parlamentar; e fazer parte de um Governo socialista – o que dá sempre jeito antes de começarem as reuniões com os sindicatos.
A primeira vitória de Correia de Campos aconteceu quando convenceu o ministro das Finanças em 2005, Campos e Cunha, a dar-lhe o Orçamento considerado necessário, ou seja, mais 26,5% do que o seu antecessor tinha recebido. Com um Orçamento realista pela primeira vez em muitos anos, o ministro tinha um só desafio: fazê-lo cumprir.
O peso da tarefa não é despiciendo.
Assim se percebe a extemporaneidade de dizer que a culpa de aumentar, e muito, os pagamentos dos cidadãos, recairia sobre as administrações hospitalares se estas furassem o orçamento. Era simplesmente uma forma de pressão que, parece, está a dar frutos.
A dúvida que se instala é: o país aguenta dar quase nove mil milhões de euros para a Saúde todos os anos? E é sobre esta pergunta que o relatório sobre a sustentabilidade do financiamento do SNS, hoje divulgado pelo DE, incide. Sem respostas concretas – isso fica para Outubro – o documento deve ter posto o ministro a pensar. Não porque não conhecesse já as sete alternativas, mas porque… parece que não há mais.
Encontrará o professor Correia de Campos uma resposta para dar ao ministro Correia de Campos?
Comentário da Menina Idalina :
Por isso é que o Professor Correia de Campos já disse ao Ministro Correia de Campos que deve aumentar os impostos . Segue assim, as pisadas do PM Sócrates, para encontrar a solução mais fácil. A mais difícil, que passa pelo rigor e se calhar pela demissão e responsabilização de muitos CA, não terá coragem. Em bom rigor , também foi ele que os escolheu ....
Se a teoria não chega, vamos aos números: nos últimos três anos, o Serviço Nacional de Saúde consumiu dois orçamentos rectificativos, cada um deles com o valor de 1,8 mil milhões de euros, e o Orçamento do Estado para 2006 incorporou, à partida, mais 1,8 mil milhões, para chegar ao impressionante montante de 8,7 mil milhões de euros.
É muito? É pouco?
Depende, mas uma coisa é certa: no actual estado em que estão as finanças públicas, e olhando para o crescimento da economia previsto para os próximos anos, é, pura e simplesmente, incomportável.
O ministro da Saúde é o primeiro a sabê-lo.Estudioso do sector há várias décadas, Correia de Campos reconhece que o destino fez descer sobre ele uma hipótese num milhão: estar à frente do Ministério da Saúde num momento de viragem para o SNS; estar solidamente suportado por uma confortável maioria parlamentar; e fazer parte de um Governo socialista – o que dá sempre jeito antes de começarem as reuniões com os sindicatos.
A primeira vitória de Correia de Campos aconteceu quando convenceu o ministro das Finanças em 2005, Campos e Cunha, a dar-lhe o Orçamento considerado necessário, ou seja, mais 26,5% do que o seu antecessor tinha recebido. Com um Orçamento realista pela primeira vez em muitos anos, o ministro tinha um só desafio: fazê-lo cumprir.
O peso da tarefa não é despiciendo.
Assim se percebe a extemporaneidade de dizer que a culpa de aumentar, e muito, os pagamentos dos cidadãos, recairia sobre as administrações hospitalares se estas furassem o orçamento. Era simplesmente uma forma de pressão que, parece, está a dar frutos.
A dúvida que se instala é: o país aguenta dar quase nove mil milhões de euros para a Saúde todos os anos? E é sobre esta pergunta que o relatório sobre a sustentabilidade do financiamento do SNS, hoje divulgado pelo DE, incide. Sem respostas concretas – isso fica para Outubro – o documento deve ter posto o ministro a pensar. Não porque não conhecesse já as sete alternativas, mas porque… parece que não há mais.
Encontrará o professor Correia de Campos uma resposta para dar ao ministro Correia de Campos?
Mário Batista - Diário Económico - 5/09/2006
Comentário da Menina Idalina :
Por isso é que o Professor Correia de Campos já disse ao Ministro Correia de Campos que deve aumentar os impostos . Segue assim, as pisadas do PM Sócrates, para encontrar a solução mais fácil. A mais difícil, que passa pelo rigor e se calhar pela demissão e responsabilização de muitos CA, não terá coragem. Em bom rigor , também foi ele que os escolheu ....
Sem comentários:
Enviar um comentário