Estarei a ver bem?

O sr. Ministro da Saúde publicou ontem uma lei que proibe as administrações hospitalares de fazerem gastos para além dos necessários ao tratamento dos doentes , e critica as direcções por despesas sumptuosas.

"Não parece possível qualificar certas despesas, como a aquisição de novas viaturas para uso pessoal da administração, ou a mudança de mobiliário e a aquisição de dispendiosos elementos decorativos, para dar apenas alguns exemplos, como despesas essenciais ou indispensáveis".

Tal atitude seria incompreensível e comprovaria a inadequação dos respectivos gestores aos cargos de membros do conselho de administração do hospital, seja de entidade pública empresarial ou do sector público administrativo", prossegue o ministro.

Oh! sr. Ministro, dado que a lei nem sempre é cumprida em Portugal, fazer uma lei, é portanto ineficaz.

Eu sugiro que, tendo-se conhecimento dos factos, deveria de imediato demiti-los .....

E não são só os carrinhos topo de gama.

São as obras e obrinhas; mudanças de logotipos; a mudança dos timbres de papel, a mudança de computadores, a contratação de empresas privadas para realizar trabalhos que nem sempre se adequam à realidade, e aí contrata-se outra empresa para os adequar à realidade; as entradas de pessoal contractado amigo conhecido e afins e pessoal do quadro na parteleira sem funções; contratação de assessores de imprensa para redigirem em tom poético e promover as administrações, chefias e amigos; a rede de compadrios/amizades; e até os internamentos de amigos dependentes que ocupam uma cama porque a família está cansada, mas os pobres têem de ir para casinha, nem que seja a rua, e etc. etc. etc.

Quer rigor e eu concordo, demita-os.

Depois , avalie milimétricamente , objectivamente e com isenção . Em seguida publique os resultados e responsabilize quem de direito. Dê nome às acusações .

Isto é que o Estado devia publicar e publicitar.

Estamos a precisar de coragem e não de paninhos quentes . Esses gastos podem não ser ilegais (lá está a lei) mas serão de certeza imorais.

E de gestores (? penduras) com comportamentos imorais, nomeados pelo governo, estamos nós fartos .