Respirando o fumo expelido pelo meu pai, que fumava até três maços de cigarros por dia, fui adquirindo o vício da nicotina.
Hoje sou fumadora porém, nunca meti nos meus lábios um maldito cigarro, esse cilindro quente, branco e laranja .
Confesso: sou viciada, sou fumadora passiva.
Talvez eu devesse reagir, e começar a fumar. Mas não, sou cobarde e toda a vez que tento abandonar o vício, acabo por capitular e deitar fora o cigarro.
Não consigo passar mais que duas horas sem entrar num ambiente cheio de fumo.
Se entro num daqueles locais, onde os olhos ardem, o cabelo e as roupas ficam a cheirar horrivelmente a tabaco, respiro fundo, tento inalar o máximo fumo dos cigarros alheios e só relaxo de verdade, no momento que a nicotina vai para os meus pulmões.
Até hoje nunca tive andei com ninguém que não fumasse. Não admito.
Obrigo-os, viciados ativos, a fumarem mais e mais na minha frente, e a atirarem fumo para a minha cara.
Por obrigá-los a fumar, já perdi vários pretendentes e excelentes casamentos.
Viciada que sou, necessito de fumadores à minha volta. É triste quando sou obrigada a acender um cigarro, colocá-lo no cinzeiro e deixá-lo queimar até o fim, sómente para que eu possa “fumar”.
Um gesto solitário, deprimente causado pelo desespero do vício. Nem conto já as ocasiões em que acendo vários cigarros ao mesmo tempo. Aí já fico próximo da overdose.
Hoje sou fumadora porém, nunca meti nos meus lábios um maldito cigarro, esse cilindro quente, branco e laranja .
Confesso: sou viciada, sou fumadora passiva.
Talvez eu devesse reagir, e começar a fumar. Mas não, sou cobarde e toda a vez que tento abandonar o vício, acabo por capitular e deitar fora o cigarro.
Não consigo passar mais que duas horas sem entrar num ambiente cheio de fumo.
Se entro num daqueles locais, onde os olhos ardem, o cabelo e as roupas ficam a cheirar horrivelmente a tabaco, respiro fundo, tento inalar o máximo fumo dos cigarros alheios e só relaxo de verdade, no momento que a nicotina vai para os meus pulmões.
Até hoje nunca tive andei com ninguém que não fumasse. Não admito.
Obrigo-os, viciados ativos, a fumarem mais e mais na minha frente, e a atirarem fumo para a minha cara.
Por obrigá-los a fumar, já perdi vários pretendentes e excelentes casamentos.
Viciada que sou, necessito de fumadores à minha volta. É triste quando sou obrigada a acender um cigarro, colocá-lo no cinzeiro e deixá-lo queimar até o fim, sómente para que eu possa “fumar”.
Um gesto solitário, deprimente causado pelo desespero do vício. Nem conto já as ocasiões em que acendo vários cigarros ao mesmo tempo. Aí já fico próximo da overdose.
Só um companheiro fumador é que poderia ajudar-me. Mas, os fumadores são cada vez mais raros, manietados que são pelo cerco moralista e anti-tabagista que tomou conta do mundo.Malditos sejam!
Com tudo isto, não estou querendo justificar ou dizer que gosto de ser viciada. Não. É terrível ter que acordar de noite e não ter um cigarro a meu lado a arder no cinzeiro.
Já tentei de tudo para largar o vício: acupuntura, ler embalagens dos maços de cigarro, comprimidos e até força de vontade, consultei madrinhas de guerra ( psicólogas), psiquiatras, a santinha da ladeira, e a IURD. Fiz até promessas. Sem resultado.
Quanto tento deixar de ser fumadora passiva, e acidentalmente entro num lugar com fumadores, ou passa um à minha frente na rua, revela-se logo a verdade dos factos : Ser fumador passivo e respirar o cheiro do tabaco, é mais que suficiente para que eu volte ao vício. Só de pensar isso acontece.
Infelizmente a medicina ainda não solução para um caso como o meu. Espero que esta medida do Governo de proibir o fumo em locais públicos, constitua um incentivo para eu deixar o vício.
O que tenho medo é do provérbio antigo "O fruto proíbido é o mais desejado".
2 comentários:
Eu também sou fumador passivo e sinto os mesmos problemas . Que tal fazer-mos um grupo de autoajuda para fumadores passivos desde crianças ( GAFPC) e pedir um subsídio à Segurança Social?
A Dr.ª Oligarcília, psicóloga do Centro de Dia, que até tem uma foto no Blog bem quer, mas nós tamos fartos dela ser como o Melhoral " Não faz bem nem faz mal."
Assim recusamos porque senão isto era como a alegria de cemitérios : nunca a encontravamos.
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