06/02/09

A quem me souber explicar

Parece que um leitor mandou o seguinte carta para os Jornais "Correio da Manhã" e "24 horas" tendo em atenção as notícias veinculadas no caso "Freeport" , solicitando os esclarecimentos que as mesmas lhe sugerem .
Confesso que a menina Idalina têm as mesmas dúvidas. Bom pode ser que alguém me saiba responder :

Exmos senhores directores dos jornais
CORREIO DA MANHÃ
e
24 HORAS


ASSUNTO: Pedido de esclarecimento.

Reportando-me às notícias publicadas pelos jornais em epígrafe, em 31.01.2009, sobre o processo FREEPORT, venho pedir-vos que me esclareça, pois com os elementos facultados, a confusão é enorme.

Refiro-me à mãe do sr 1º ministro, D. MARIA ADELAIDE DE CARVALHO MONTEIRO.
  • Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, “viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis…”.(Jornal 24 Horas).
  • Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar) cuja fotografia se reproduz (Correio da Manhã).
  • Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano de 1998. Ainda nesse mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 € (Correio da Manhã), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da Segurança Social nem da CGA.
  • Entretanto morre-lhe o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa “uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje” (24 Horas).
  • Porque neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000€ (Correio da Manhã), seria lícito deduzir – caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos - que, considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65).
  • Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano (1998) desempenhou um lugar que acabou por lhe garantir uma pensão de (vamos por baixo) 3.000€.
  • Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2%/ano e uma taxa global de pensão de 80% .
  • Porque a “pequena fortuna” não conta para a pensão; porque o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); porque em 1998 o seu rendimento foi de 250€; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000€, será porque (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal que deu uma média de 3.750/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750x80%=3.000).
  • Ora, como uma pensão de 3.000€ não se identifica com os “rendimentos“ provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.
  • Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750€/mês.

Será possível que informem quais foram as funções desempenhadas pela referida senhora, que lhe permitem agora receber tal pensão? Eu só queria entender.

(Recebi por mail e confesso que também gostava de entender, para não fazer parte da tal cabala negra )

5 comentários:

Ana Camarra disse...

Menina Idalina

Partilho das tua duvidas...

beijos

Bruno Fehr disse...

Eu nao tenho duvidas de que foi um presente do filho!

Isabel Magalhães disse...

Têm sido 'tantas e tão boas' que o sr sousa mais parece o 'Azarado' dos Irmãos Metralha. eheheheh!

Anónimo disse...

Tenho um curso superior e trabalhei mais de 26 anos. Porém sofri as consequências de trabalhar no estrangeiro e em países que não tinham acordo com Portugal sobre os descontos da Segurança Social e perdi 16 anos desses descontos, hoje tenho apenas a pensão mínima e mesmo essa só a consegui 10 anos depois do acidente que me deixou paraplégico com 80% de incapacidade, porque os técnicos da Segurança Social diziam que eu podia trabalhar sentado em frente de uma mesa. E a minha revolta cresce quando leio que certas pessoas obtêm pensões de 3.000 euros só porque certos corruptos movem influências nesse sentido. Basta, temos que gritar bem alto, BASTA.

Menina Idalina disse...

Anónimo : Gostava de te dizer que o meu País, neste país onde vivemos, estas injustiças não eram possíveis.
Mas junto a minha voz à tua . BASTA... e todos juntos havemos de limpar este cantinho .