15/02/09

A crise pelos olhos do Zé ...ou como a padralhada é indispensável .

Era já uma evidência e José não podia fazer nada senão reconhecer , a contra gosto, que a crise se tinha instalado comodamente em Portugal. Que aborrecimento ter escolhido este país plantado ao sol da miséria para se fazer notar. Podia ser discreta, tímida ou até reservada mas não, apresentava -se com o espalhafato de uma estrela porno.

Tinha ordenado decidido aos seus assessores para evitarem darem-lhe palco mas ela encontrava sempre um buraquinho para se fazer notar, para o contrariar. Ordens , medos ameaças não era com ela . Continuava a rir-se na sua cara.

Logo agora que José fazia o seu passeio triunfal apelando pelo país fora, aos seus companheiros e camaradas, que ele era o único, o escolhido o eleito para com a sua clarividência expulsá-la daqui para fora. Ele era o escolhido e com 96% de votos . Nem o Mugabe conseguira tamanha ventura em eleições livres e directas .

Para um homem do temperamento de José esta era um motivação única . As pequenas arrelias e discórdias existentes como aquela maçada do caso "Freepó" e outros pequenos detalhes de um percurso feito a pulso e a ferro e fogo, estavam devidamente controlados. Ainda bem que tinha seguido o conselho do Augusto e malhado devidamente no sistema judical tornando-o perfeitamente inoperante .

Mas, José tinha consciência do seu comportamento eriçado e da descompustura mental de um governo meticulosamente estruturado para a propaganda e com a propaganda . Ele sabia bem que, os seus ministros se caracterizavam pela grosseria, pela estúrdia , mas que a supervisão do PPD/PSD era desleixada e convocava sempre ao desastre. Na emergência que era as sondagens darem um aumento de intenção de votos à esquerda, ele tinha progamado a estratégia .

Mau grado a sua recusa em resolver a situação em quatro anos de governo ,viu-se assim obrigado a levantar a bandeira de duas causas: o " casamento homossexual" e " tirar aos ricos para dar aos pobres" .

Nada de dar direitos a quem não têm, nem nada de tirar direitos aos amigos que sempre o tinham ajudado e financiado. Era a estratégia de génio deste xuxialista convicto . Ficava tudo na mesma, e até o PS seria eleito com nova maioria .

Achava até que a Providência divina o iria ajudar dado que, embora tivesse de reconhecer a padralhada como indispensáveis à sua estratégia, estes num pequeno esforço de coragem moral iriam ajudá-lo, porque era certo e sabido, que seriam sensíveis quando o Governo lhes pagasse o esforço de ajudarem os pobres. E a Segurança Social era prodiga a ajudar a acção social da Igreja .

Assim, os pobres estavam ajudados pela Igreja os ricos pelo Governo e o casamento homessexual, pois não tinha importância, sairia como um decreto -lei que permitisse apenas e só uma união civil registada e está a andar de mota .

Voltava a ser a fera que saira do seu refúgio governamental e se precipitava loucamente na campanha eleitoral. A crise haveria de cair no esquecimento. E depois, em crise está Portugal há anos, e ele não era homem de alterar o que tinha herdado. Era fiel aos seus princípios

1 comentário:

Isabel Magalhães disse...

E assim vai Portugal!