- O acesso que vão ter a meios de poder aumenta as probabilidades da sua utilização. Começam sempre de mansinho, o vulgar estado de graça de um governo. É só para perceberem como fazer.
- Quanto mais o poder é utilizado, mais os políticos têm tendência para acreditar que controlam tudo e todos. Começa a fúria legislativa aliada à fúria das nomeações dos seus boys.
- Quanto mais o poder é utilizado, maior é a tendência para depreciar a prestação de todos aqueles que não concordam com eles. Consideram-se iluminados e os outros, a populaça, é reduzida a uma massa acéfala que só serve para cumprir as suas ordens. São depreciados relativamente ao que fazem e como tal descartáveis. Ameaçam induzindo o medo em cada um individualmente e até no conjunto da sociedade, o que reforça a obediência e o servilismo. Começam na fase da arrogância .
- Esta atitude de desconsideração dos outros, é sempre acompanhada por um aumento proporcionalmente maior da distância social, por parte daqueles que detêm o poder. Começa a fase do político viver num mundo só dele, que só ele conhece e vivência e nós, pobres mortais, não conseguimos perceber a sua inteligência e dedicação.
- Reforçam assim, a imagem positiva que têm deles próprios . É a fase do narciso pura e dura . Oh! p'ra eles que grandes estadistas. Acreditam piamente, assim tipo fézada, que o poder que exercem e os símbolos que os rodeiam - salmaleques dos assessores ; entrevistas, aparecerem na TV etc - são decorrentes do seu próprio valor. Eles acham-se os melhores da cantareira . São tão bons , tão bons, que todos estão rendidos. E é aqui que começa invariavelmente a fase do declínio.
Como se diz: " O poder corrompe ; o poder absoluto corrompe absolutamente " Assim, quanto mais alguém têm poder , mais o procura , quanto mais têm, mais ele o corrompe.
É por isso que as maiorias deram sempre mau resultado. O poder ganha uma proporção que impede o compromisso e o envolvimento na mudança.
O sr. sorridente da fotografia, esquece-se que quando se exerce assim o poder, ao cidadão só resta a insubmissão. É um movimento aparentemente subterrâneo porém, vai crescendo como uma bolinha e incontrolável para as máquinas partidárias.
Aquilo que o sr. sorridente da foto não percebe é que todos nós, num grau ou noutro, possuímos poder, na medida em que podemos influenciar de uma forma ou outra, o comportamento de outrem.
Não digam que eu não avisei.... É que este senhor sorridente não controla tudo e todos....
2 comentários:
Et voilá!
"as maiorias deram sempre mau resultado. O poder ganha uma proporção que impede o compromisso e o envolvimento na mudança."
E esta maioria ainda conta com o apoio do 'eucalytus'...
E com o apoio incondicional dos Lambius bothas
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