Ao estado a que isto chegou!

Estava eu a ler o jornal quando me deparei com a seguinte notícia :

"Mais de 70 por cento dos recursos disponibilizados pelo Governo para as PME já foram absorvidos pelos bancos, que reestruturaram o crédito sem garantias das empresas em crédito garantido pelo Estado, e aproveitam a oportunidade para aumentarem o spread e ainda imporem novas condições de montagens de financiamento em alguns caos superiores a 2%. Mas é um facto que o dinheiro não chega às empresas, estando apenas a servir para melhorar as contas dos bancos e sobretudo para passar o risco das empresas para o risco Estado.

O Governo começa já a ter consciência que o colapso da economia pode estar por semanas e que, se não chegar dinheiro à tesouraria das empresas antes da segunda semana de Dezembro, estará comprometido o Natal, que representa para milhares de empresas mais de 40% da sua facturação. Por outro lado, o facto dos bancos não financiarem as exportações, nem estarem a renovar seguro de crédito para exportadores e importadores, está a estrangular a economia. A nacionalização da COSEC está em cima da mesa também.Para o Governo o mais grave pode mesmo ser a onda de crise social sem precedentes, que poderá provocar a maior viragem política e comprometer mesmo o regime republicano." in Semanário .

Mas, o sr. Sousa continua numa boa, em acções de marketing, apregoando que a recessão não chega a este país à beira mar plantado. Os bancos esses agiotas, são publicitados com um auréola de santinhos estando até a avaliar o pedido do BPP, que se dedica a gerir fortunas, e pediu 750 milhões de Euros ao fundo de garantia do Estado. Preparam-se até para dar, dado que decência é coisa que eles desconhecem.

Mas,esses santinhos dos Bancos, percebeu agora o Governo, estão a ficar com o dinheiro disponibilizado para as Pequenas e Médias Empresas. (Aqui para nós, se eles costumam ficar com tudo sempre, porque carga de água é que agora mudariam de atitude.)

Mas, isto está a afligi-los. Embora eles com o Zé Pagante se estejam marimbando, um medo se apodera destas alminhas: "E se os tipos como estão aflitos e ninguém têm dinheiro, se revoltam, e como se aproximam eleições, deixam de votar, ou não votam em nós , ou pior das hipóteses, vem todos para a rua?. E os nossos tachos?"

Esta aflição está mesmo a dar-lhes cabo da pobre cabecinhas de xuxialistas.

Eu vou já avisando . Eu sou como a Mafalda. Como só tenho um voto, nunca o dei a estes gajos,pois ficava sem nenhum. Eu nunca gostei que me apanhassem descalça.

Se for preciso voltarmos todos à rua e cantar "Venham mais cinco" , contem comigo .