No superior interesse da criança, chavão tão caro neste país de maltratantes, só conta os espermatozóides ejaculados, que permitiram a prova irrefutável de que aquela criança era filha biológica de .... donde, as " a relação de sangue" vieram ao de cima numa visão judaico-cristã.
Toda a gente sabe, bom pelo menos deveria saber, que os laços de sangue por si só, não são geradores de uma relação. É preciso construí-la.
Mas neste Portugal dos pequeninos, não é necessário relações afectivas, amar. Donde, no superior interesse da menor, " o objecto criança", vai para o pai biológico, mesmo que nunca a tenha conhecido; mesmo que este só se tenha interessado após confirmação que esta tinha o seu material genético; mesmo que até se reconheça o sofrimento que esta decisão traz.
(Mas, nada que a intervenção de pedopsiquiatria e psicólogos não possa minimizar com relatórios regulares e esclarecidos, relatórios científicos, que terão de dizer aquilo que todos nós sabemos.)
E pergunto eu: Quantos superiores interesses da criança foram assim tratados? Quantos menores foram tratados como animais de estimação?
Que saudades da sentença do Rei Salomão....que não enfermou dessas abstracções jurídicas complexas e incompreensíveis da justiça de hoje....
Sem comentários:
Enviar um comentário