Os funcionários públicos devem estar fartos. Ainda hei-de ver uma fotografia de um funcionário público, num muppy pespagado numa esquina da cidade de Lisboa, anunciando que se procura "vivo ou morto", como se fosse um criminoso perigoso.
Graças à incompetência dos políticos, até já evitam dizer a profissão em público e começou a ser frequente ouvir os conhecidos e afins, mandarem piropos desagradáveis, já para não falar daquilo que se ouve no café ou na mercearia.
Entrei para a Função Pública por mero acidente conjuntural. Mas entrei. Num tempo em que o funcionário era tratado com um "mínimo" de dignidade. Os políticos referiam-se a nós não apenas com uma educação contida por receio da perda de votos. Naquele tempo, apesar de tudo, e de muitos problemas que sempre vivemos, ainda eramos socialmente úteis. Os incentivos não eram muitos, mas estávamos, apesar de tudo, empenhados naquilo que faziamos. Nem pensavamos na reforma, como forma de nos livrarmos dessa angústia vivencial que hoje se verifica. E só as dificuldades do dia-a-dia nos levavam a questionar o que ganhavamos e a lutar pelos aumentos que poderiamos ter.
Reformei-me, com a idade e o tempo, depois de trabalhar uma vida inteira.
Porque os portugueses têm o mau gosto de escolherem os políticos com pouco cuidado, como se estivessem a votar em quem vai ganhar o big brother, passaram os Funcionários públicos, a ser o " bode expiatório" para todos os males deste pobre país à beira mar plantado.
São parasitas, improdutivos, calões, gastadores, corporativos etc. Direi mais, o que ganham equipara-os a qualquer proxeneta... São todos uns "gandulos" que não justificam sequer o ordenado, que dizem, é pago pelos impostos de todos. Mas nós nunca podemos fazer fuga aos impostos ...
Estão a mais no seu próprio país. Mesmo antes de os mandarem para os quadros de excedentes, já são considerados um excedente social.
Ganhe muito ou ganhe pouco, trabalhe muito ou trabalhe pouco, ganham sempre demais. O que fazem não serve , não presta .
- O empresário que gasta o dinheiro da empresa em p ... e não a moderniza, é privada logo, sempre um bom gestor .
- O político que ganha por fora ( só para financiar o partido, diz ele aos seus corruptores) não são responsáveis civilmente mas, tão só politicamente, porque é sempre bom lembrar que só são politicos.
- Os governantes que compram frotas imensas de automóveis novos, para se poderem deslocar confortavelmente, estão a zelar pelo património do Estado.
- Os gestores da privada , que se deslocam para " (des) gerir a função pública", têm de ser muito bem pagos . ( Pois é, mas os que vão, são sempre os amigos incompetentes do partido que reformados, se entretêm como se o Estado fosse um centro de dia.)
- O "boy" incompetente, amigo do partido, militante zeloso, não faz parte do problema. Esse não se toca porque, na via da cunha utilizada, são intocáveis , e ocupam geralmente lugares de topo de gama .
- Os gestores , que só sabem gerir desde que, os acompanhem essa a corte de meninos e meninas " yes sir", cujo o sonho é, as instituiçõe do Estado se tornem na sua "coutada", onde qual pavões vão expondo as suas vaidades, são intocáveis.
O único problema é mesmo o Funcionário Público que têm de obedecer às ordens desses senhores , e não pode sequer falar devido ao CPA ( mais conhecido pela Gorda ) que nunca nenhum politico quis mudar, antes acrescenta sempre qualquer normazita porque há que manter a sua adiposidade legislativa.
O Zézinho, actalmente 1º Ministro, é um funcionário público, que começou a sua vida profissional na câmarazita da sua aldeia , e que por se militante de um partido teve direito a uma brilhante carreira, coisa que os funcionários públicos não têem.
Mais, como é político e para não ser corrupto , têm de ganhar bem, porque isso da politica existir para servir o bem comum, foi chão que deu uvas. O político existe para servir o partido. Partido que existe para governar Portugal.
Acontece que estou a ficar mesmo muito farta deste pessoal todo..... deste tipo de funcionário público/politico.
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