23/05/09

A burocracia persecutória das chefias

Um cidadão deste pais queixou-se ao PR porque no seu local de trabalho, no caso um hospital, foi mudado de serviço durante o seu período de férias, porque aparentemente segundo rezam as crónicas teve divergências com a chefia e expressou a sua opinião . Alegava ainda que as chefias o perseguiam .
O PR mandou a referida carta para o Ministério da Saúde, o Ministério da Saúde mandou para o Hospital e o CA do Hospital abriu processo disciplinar ao trabalhador. Soube-se da ocorrência nos jornais, o PR acha inadmissível e o Hospital arquivou o processo.

Os velhos métodos estão sempre presentes. Os métodos salazaristas-socráticos onde trabalhador não deve pensar e chefia é para ser obedecida. Aqueles que se atrevem a contestar são imediatamente alvo de "sinalizações adequadas" .

E se no calor da injustiça o trabalhador tem a veleidade de se queixar e/ou lutar por aquilo que acha justo, sabe à priori que os problemas serão tantos que acabará de certeza, a menos que seja de fibra, na psiquiatria: Muda-se de de local, é a exigência obsessiva da perfeição no seu desempenho profissional, a coação psicológica diária,a avaliação sempre negativa, o boato posto a circular, a vingança torpe das férias autorizada para os piores períodos, a escala sempre para o pior turno, isto quando não resolvem fazer mobbing.

Chefe existe para ser adulado e amado, pensa o chefe salazarista-socrático. E os Conselhos ou chefias máximas dão sempre coberturas a estes comportamentos, mesmo que estejam a cometer ilegalidades à face da lei .

É o país onde vivemos. E a anomia que "ataca " todos perante as injustiças revela o grau de desencanto , de desespero e de descrença e a discricionariedade feita boas práticas . A nossa democracia está podre.

Triste país o meu.

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