21/09/08

Ainda a cedência de casinhas pelas Câmaras

Não existem critérios para a atribuição dos fogos municipais que não são habitação social. "in Público"
"Quem quiser consultar a correspondência recebida na Câmara de Lisboa poderá encontrar lá pedidos feitos pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, pela Procuradoria-Geral da República, pela Santa Casa da Misericórdia, por escolas, hospitais." in Público .

Hoje vieram a terreiro defenderem-se as "santanetes" por mor do problema das casinhas cedidas pela CML. Mas, o problema de fundo é outro e a burra deita-se .

É uma coutada dos autarcas a cedência de casinhas a "pobrezinhos ". É a velha cunha tão portuguesa e a falta de transparência das opções a que eles chamam políticas. Uma opção política significa em Portugal ser-se discricionário. E, nesta medida esta história é apenas um jogo político .

Todos os presidentes de câmaras fazem a mesma coisa independentemente da sua origem partidária. Todos refilam, todos se acusam uns aos outros, todos estes temas são frutos de campanha eleitoral porém, ninguém tem coragem de alterar nada.

Isto porque o exercício do poder implica, em Portugal, ter o direito de se servir do aparelho de estado, usá-lo. Eles tecem um jogo de força e influência que ditam as normas que cada um é obrigado a respeitar, e que lhes interessam, tecendo uma rede de pequeninos controlos bastante eficazes.

E o mais paradoxal, é o cidadão legítimar este tipo de atitude de políticos eleitos com o seu voto, reelegendo-os numa continuidade patológica . Olhai os Isaltinos, as Felgueiras, os Ferreiras Torres, os Loureiros e tantos outros, e reparai que saltitam de partidos em partidos ou em movimentos ditos de cidadãos, sempre com o objectivo de se manterem "ad nauseum" no poder .

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