28/02/08

A carta

A menina Idalina soube hoje de Fonte Luminosa, que a Ministra da Avaliação , como lhe chamou o grande líder, anda que nem pode .

Parece que naquele programa da RTP a sinistra ministra saiu pela esquerda baixa.
(É aquele programa daquela jornalista que não gosta que os convidados que convida batam palmas, a não ser a ela própria quando manda uma boquinha assim a dar para o foleirote e de humor muito duvidoso, e que ameaça toda a gente de evacuar a sala. Pronto , foi aí o local do acontecimento).
Quando saiu do dito programa televisivo, começou a chorar logo que entrou no carro . Litradas de lágrimas. Passou do derramamento silencioso aos suspiros , soluços e estremeções, e depois voltava ao início. Não se percebia se estava a treinar o choro ou a chorar verdadeiramente .
Quando o seu fiel motorista lhe ia perguntar se queria algo, tocou o telemóvel. Era o seu primeiro .
- Como estás? Perguntou.
- Como estou ? Eu vou desistir. - ripostou de imediato com a voz embargada pela emoção que a varria de alto a baixo .
O primeiro, fino que nem um alho, percebeu de imediato que ela estava a claudicar e o Prozac não estava a fazer efeito . Sabia que, assim que chegasse a casa, lhe daria aquela fraqueza nos intestinos e continuaria a derramar litradas de lágrimas, agora em pose de “Pensador” de Rodin.
Sabia também, instintivamente, no âmago do seu animal político, que no dia 8 de Março, ele teria de lhe enviar, embora dizendo publicamente que tinha recebido, a Carta.

2 comentários:

Margarida Azevedo disse...

:)

Isabel Magalhães disse...

http://pitecos.blogs.sapo.pt/221860.html



:)