03/02/07

Caridadezinhas para crianças e jovens em risco

O modelo de acolhimento em instituições de crianças e jovens em risco que existe em Portugal não está a funcionar. Esta foi a conclusão de um estudo mandado fazer pelo Instituto Segurança Social ao Instituto de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE). Não sabiam de nada e portanto mandaram fazer este estudo.

Sobretudo, nas instituições de maior dimensão (com mais de 30 jovens), que são 97 das 218 existentes no país. Só 59 albergam até 15 internos. Os jovens vivem afastados da realidade exterior, não criam laços afectivos com os técnicos nem são apoiados no momento da saída. A maioria teve maus resultados escolares e exerce trabalhos precários e de curta duração, e poucos concluem um curso superior.

Palavras para quê...? São instituições de solidariedade social na sua maioria, que dedicam aos desvalidos da sorte a sua melhor caridade, embora recebam da Segurança Social uma "atençãozinha" para o trabalho que estão a desenvolver.

"A institucionalização não deverá ser necessariamente a primeira intervenção sobre uma situação de crise", defende o relatório, que sugere uma intervenção junto das famílias de modo a evitar a retirada imediata do menor - nomeadamente através de apoio financeiro ao agregado familiar.

Mas, fica claro que o Estado não pode apoiar as famílias em crise, porque não tem dinheiro para Acção Social, embora em contrapartida, pague a estas instituições para os tratarem negligentemente .

Vá lá entender-se ... Bom, eu sei porquê.... mas nem acredito.

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