Portugal é um país cheio de tradição e história. São muitos séculos e muita riqueza cultural.
Dito assim parece uma ironia, mas acreditem que é verdade.
A nossa tradição no que respeita ao partido único vem de longe.
Reparem que tivemos 40 anos o partido único, sendo que permitiam para disfarçar, umas sucursais, como nos clubes de futebol dando assim credibilidade ao sistema, criar umas manobras de diversão que enganavam os mais incautos e treinar novos políticos que depois eram absorvidos pelo "partido-mãe" .
Hoje, ainda continuamos na mesma. Todos os partidos fomentam essa tradição de absorver no seu seio as sucursais que criam.
A srª arquitecta Helena Roseta foi agora absorvida pelo PS, no seu caso é uma recidiva, para as eleições à CML.
É assim a número dois de uma coligação de sucursais que já têm, o "Zé que faz falta ao Costa".
A "Helena Roseta que faz tudo o que manda o Alegre", dizem eles, fez um acordo que deveria ser exemplo para toda a esquerda.
Ora nem mais que rico exemplo.
Quero ver como esta coligação resolve o problema dos Contentores de Alcântara depois do Tribunal de Costas dizer que é um negócio muito duvidoso e estar em investigação no DIAP, quando "ambos os dois" têm posições diferentes. António Costa é a favor da "Mota & Engil" e a outra acha o negócio imoral.
Mas isso é uma divergência democrática que não os impede de se unirem.
É só a divergência entre a ética, transparência e compadrio mas isso não é limitador para coligações. O que interessa mesmo é a divisão do poder e a sua manutenção entre amigos de longa data.